Parte dos professores pré-selecionado para comandar os trabalhos visando o trabalho na base © FPJCOM
Treino será iniciado em 30 de novembro e a segunda fase contemplará todas as classes a partir do sub 9 nas 16 delegacias regionais
Por FPJCOM
26 de novembro de 2021 / Curitiba (PR)
No último sábado (20), a coordenação técnica da Federação Paulista de Judô (FPJudô) decidiu retomar os trabalhos de desenvolvimento de todas as classes, começando pelas sub 13 e sub 15. Os treinamentos semanais começam na terça-feira 30 de novembro, das 19h30 às 21 horas, no Centro de Aperfeiçoamento Técnico (CAT) da FPJudô.
Segundo os dirigentes, a principal meta é auxiliar os mais de 3 mil professores do Estado no processo de ensino da modalidade, somando conhecimento ao trabalho que já é realizado com praticantes com potencial competitivo.
“Vamos abrir o treinamento, convidando todas as associações, clubes e dojôs filiados a participarem”, explicou Alessandro Puglia, presidente da FPJudô. “Queremos que os professores levem seus alunos a esses encontros semanais para que a federação possa contribuir da melhor forma possível no fomento técnico do judô, a partir das categorias de base. A FPJudô e seus filiados têm muito a ganhar com isso, então eu peço que os professores se juntem a nós nesta iniciativa para que possamos iniciar verdadeiramente um novo ciclo no Estado de São Paulo.”
Puglia reiterou que o projeto busca resultados a médio e a longo prazos, por isso a importância de todas as escolas de judô se juntarem para manter o ritmo do treinamento. “Ter o máximo de professores participando é essencial para que haja uma troca de conhecimento expressiva, servindo também de base para otimizar o trabalho e o rendimento de todos os envolvidos.”
A comissão que está sendo formada pela professora kodansha Solange Pessoa de Almeida Vinck, vice-presidente da FPJudô, conta com a participação de Marco Aurélio Uchida, coordenador técnico da entidade; dos professores kodanshas Hatiro Ogawa e Sérgio Lex; de Luiz Onmura, medalhista olímpico nos Jogos de Los Angeles (1984); e de Thiago Valadão, técnico responsável pelo projeto da Apaja de Atibaia.
“Iremos montar comissões para cada grupo de classe, e esses professores irão atuar junto com a comissão central”, detalhou Marco Aurélio Uchida. “A ideia é que, no futuro, todas as categorias sejam incluídas nesta iniciativa. Os Jogos Olímpicos motivam as gerações que atuam em cada ciclo e por isso começamos com o sub 13 e o sub 15. Mas é muito importante que as pessoas entendam que nosso objetivo transcende o rendimento. Nossa meta é elevar o nível técnico das novas gerações, trabalhando os fundamentos, o kihon e até mesmo os princípios filosóficos, se possível. Buscamos essencialmente ampliar a base técnica de todos os envolvidos.”
“Esses treinamentos vão auxiliar o trabalho desenvolvido pelos professores nos clubes e academias, mas não substituí-lo. Esse processo está sendo iniciado agora porque queremos começar o mais cedo possível. São Paulo é o berço de diversos atletas medalhistas, então estamos indo atrás novamente da nossa hegemonia”, complementou o coordenador técnico.
De acordo com o professor Osvaldo Hatiro Ogawa, kodansha hachi-dan (8º dan), o objetivo é expandir a iniciativa por todo Estado. “Estamos iniciando este importante trabalho de resgate técnico na capital, mas oportunamente nosso presidente discutirá o tema com nossos delegados regionais visando a expandir este trabalho para todas as delegacias”, adiantou Ogawa. “Acredito que com o sucesso do trabalho na capital, com o tempo, a iniciativa vai expandir-se para o restante do Estado. Queremos fomentar a área técnica a partir da base, harmonizando o nível técnico dos atletas dessas faixas etárias, para que nós possamos repassar a nossa experiência, trabalhando em conjunto com os professores.”
Esta iniciativa estará sob o comando da coordenação técnica que, por sua vez, terá a autonomia necessária para desenvolver seu trabalho. Esta é mais uma característica da atual gestão, que prega a valorização e a isonomia de todos os setores da entidade.
