Novo dojô do Centro de Aperfeiçoamento Técnico da FPJudô © FPJCom
Fruto do esforço hercúleo dos professores e dirigentes das associações filiadas à Federação Paulista de Judô – que se cotizaram para adquirir o terreno, fazer o projeto e construir o prédio do primeiro centro de treinamento de judô das Américas –, o Centro de Aperfeiçoamento Técnico foi oficialmente inaugurado em 1983, na segunda gestão de Katsuhiro Naito.
No próximo ano o empreendimento – que na época era algo suntuoso e até inimaginável – completará 40 anos de relevantes serviços prestados à gigantesca comunidade de judô do Brasil. Professores e atletas dos quatro cantos do País já treinaram e ficaram hospedados no CAT da FPJudô.
Passaram-se os anos e diversas reformas foram realizadas no espaço que hoje abriga uma galeria de troféus, sala de reuniões, duas salas para a administração, copa, dois amplos e modernos vestiários, e o imenso dojô que leva o nome do renomado professor Mário Matsuda, no primeiro andar. No piso superior estão mais duas salas de administração e dois dormitórios do alojamento.
Os primeiros tatamis utilizados no dojô Mário Matsuda eram de palha. Posteriormente, nos idos dos anos 1990, vieram os tatamis sintéticos da Aglorex, importados da Bélgica.
Agora, uma parceria da atual diretoria com o governo do Japão permitiu que fosse revitalizado o elemento mais importante do dojô: os tatamis. Alessandro Panitiz Puglia, presidente da FPJudô, explicou:
“A ação de revitalização das placas de tatamis do CAT é fruto da viagem que fizemos a Tóquio em 2019, quando, com a importante ajuda do professor Takanori Sekine e a participação decisiva do Consulado do Japão de São Paulo, iniciamos a negociação com o governo japonês, que visava à renovação de todo o piso do nosso dojô, e felizmente deu certo. Conseguimos substituir todas as placas que vinham sendo utilizadas há mais de 15 anos.”
O dirigente fez questão de reiterar o suporte oferecido pela missão diplomática nipônica, sediada em São Paulo. “Na verdade, a operação só se concretizou após as garantias oferecidas pelo consulado japonês de São Paulo. Além de atestar a parceria histórica entre a Federação Paulista e o consulado, que se apoiam mutuamente há décadas, isso comprova a credibilidade que o judô paulista possui junto ao governo japonês. Em retribuição e, até mesmo em respeito ao apoio que constantemente recebemos do Japão, espero que nos anos vindouros possamos formar inúmeras gerações de judocas no dojô Mário Matsuda.”