O prefeito Alexandre Araújo com os professores Diegon Buzon e Diego Pietrucci de Aguaí © FPJCOM
Alexandre Araújo explicou por que fez questão de prestigiar a importante e inédita iniciativa concebida pela FPJudô em parceria com o CREF4/SP
Por Paulo Pinto / FPJCOM
27 de fevereiro de 2023 / São Paulo (SP)
A cerimônia de colação de grau da primeira turma do projeto Keisei No Michi (KNM), curso acadêmico-profissionalizante concebido pela Federação Paulista de Judô (FPJudô) em parceria com o Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo (CREF4/SP), realizou-se no auditório da 93ª subseção da OAB Pinheiros, em São Paulo, no dia 11 de fevereiro.
Autoridades esportivas e políticas compareceram à solenidade, além de grandes nomes do esporte e dirigentes da Secretaria Estadual de Esporte, do CREF4/SP e da FPJudô. Entre os presentes estava um representante do Poder Executivo, o prefeito de Aguaí, José Alexandre Pereira de Araújo, um gestor público que conhece o potencial socioeducativo do judô e já introduziu a prática da modadlidade em quatro escolas, no contraturno das aulas, em seu município.
Alexandre Araújo explicou por que fez questão de prestigiar essa iniciativa inédita da FPJudô, em parceria com o CREF4/SP. “Esta iniciativa aumenta a capacitação dos professores do judô e dá a eles a possibilidade de buscarem novas oportunidades e se especializarem enquanto profissionais num mercado cada vez mais competitivo”, disse Araújo.
Ele se mostrou surpreso ao saber que o professor Diego Buzon, responsável pelas aulas nas escolas da Aguaí e um dos formandos, concorria ao Mérito Acadêmico. “É motivo de muito orgulho saber que ele se dedicou com afinco aos estudos, como se dedica diariamente a sua docência nos tatamis.”
“Tive a oportunidade de ler parte do TCC que ele apresentou em suas redes sociais’, prosseguiu o prefeito. “Sensei Diego desenvolveu uma técnica muito própria de ensinar crianças autistas que vem auxiliando sobremaneira o desenvolvimento e a melhoria na convivência social desses alunos. Isso é inclusão social clássica e digna de registro e reconhecimento. Foi justamente sobre esse tema que ele escreveu, assegurando a segunda colocação da turma.”
Sobre a distinção concedida ao professor responsável pelo judô nas escolas de Aguaí, Araújo revelou que a sensação foi de muito orgulho e ratificação do notório saber de seu conterrâneo. “Independentemente da trajetória acadêmica do sensei Diego até aqui, ele demonstra extrema sensibilidade no trato com as crianças. Dispõe de um potencial pedagógico enorme e sua premiação endossa o que estou dizendo.”
Após Aguaí ter estreado como sede de torneios oficiais do judô paulista em 2022, o prefeito agora torce para a cidade ser eleita de novo para outra final nesta temporada.
“Em 2022 fomos agraciados pela federação com uma das finais do paulista em nossa cidade, fato inédito e histórico para nós. Não medimos esforços para que o evento de dois dias transcorresse perfeitamente. Em 2023 já oferecemos ao presidente Alessandro Puglia que Aguaí seja a sede de qualquer evento da FPJudô.”
Mesmo não sendo judoca, o prefeito reconhece o potencial socioeducativo da modalidade e acha por bem utilizar uma ferramenta para inclusão que, segundo ele, é muito poderosa.
“Infelizmente não sou judoca, mas gostaria muito de ter sido. Fui convencido por algumas mães e pais de alunos no início de meu primeiro mandato da importância de continuar um projeto incipiente de judô que havia na cidade. Quando conheci o potencial que a prática do judô oferece, que me foi apresentado pelos senseis Danilo Pietrucci e Diego Buzon, não tive dúvidas em adotá-lo como foco principal de nossas atividades esportivas e sociais. Hoje são cerca de 700 crianças praticando judô em nossos projetos sociais e em quatro escolas da rede pública municipal. Com seus conceitos e peculiaridade, o judô ajuda a formar as pessoas para a vida. É realmente uma ferramenta de transformação poderosa.”
O prefeito de Aguaí disse que conhece algumas iniciativas fundamentadas no judô em cidades da sua região, mas acredita que em todos os municípios é possível potencializar a prática da modalidade nas escolas e nos projetos sociais.
Alexandre Araújo enfatizou que o ensino e a prática do judô dão às administrações municipais a possibilidade de ofertar à sua comunidade opções esportivas que saem do convencional. É um esporte rico e que contribui muito na formação moral das pessoas que o praticam além de, eventualmente, descobrir novos talentos.
“E é justamente com base nessa narrativa que afirmo que a inciativa da FPJudô em criar o curso junto com o CREF4/SP para formação de instrutores é um avanço não só para os profissionais do setor privado, mas também para os que atuam em projetos públicos, sejam eles de cunho assistencial ou de formação, como é o caso de Aguaí, que tem a prática do judô em várias escolas.”
