Comissão Científica da FPJudô mostra as conquistas de 2021 e faz projeções para os próximos anos

Professor doutor Alexandre Janotta Drigo, presidente da Comissão Científica da Federação Paulista de Judô © FPJCOM

A Comissão Científica foi uma das novidades da nova gestão de Alessandro Puglia, atuando oficialmente desde 13 de setembro

Por FPJCOM
29 de dezembro de 2021 / São Paulo (SP)

Apesar de oficialmente a Comissão Científica da FPJudô ter apenas poucos meses de vida, suas atividades começaram antes, na forma de consultoria, com o professor doutor Alexandre Janotta Drigo, nomeado primeiro presidente.

As principais ações desenvolvidas neste período, em conjunto com a diretoria da FPJudô, foram a criação dos protocolos de segurança no contexto da pandemia da covid-19 e as normas para a retomada das atividades de treinamento e competição. Ambos os documentos foram divulgados pela FPJudô e utilizados pela Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo em seus procedimentos oficiais relativos ao assunto.

A comissão oficializada pelo presidente Alessandro Puglia é considerada um grande passo para o judô em direção a maior profissionalismo nas áreas de lutas. Trata-se de uma iniciativa pioneira a criação de um grupo para integrar a ciência à prática desportiva. Para o professor Alexandre Drigo, as perspectivas são altamente positivas.

“É preciso reconhecer o valor do presidente Alessandro Puglia nessa atitude que considero histórica para o judô e as lutas como um todo em nosso País. Não me recordo que tenha existido uma comissão científica anterior à nossa, o que faz a FPJudô pioneira nesse segmento. E é exatamente por isto que teremos como diretrizes ganhar a confiança da comunidade das lutas, provar que viemos auxiliar na solução de problemas e que temos profundo respeito ao que já está constituído e referendando como ensino e prática do nosso judô.”

A primeira reunião para criação da CCFPJudô aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2020 e reuniu os professores Alexandre Drigo, Alessandro Puglia, Chicão Camilo e Francisco de Carvalho Filho © FPJCOM

“Desta forma”, explicou Drigo, “nos meses em que esteve ativa em 2021, as atividades pertinentes à comissão foram divididas em três áreas de demanda: questões legais, demandas da presidência e da diretoria e demandas internas.”

Por ser uma comissão nova, foi necessário elaborar um regimento interno para aprovação da presidência da entidade, eleger o secretário da comissão e nomear e acolher os novos membros indicados pela presidência.

Por demanda da presidência e da diretoria da FPJudô, foram apresentados pareceres sobre agendas e protocolos de retorno a atividades competitivas; para o departamento técnicos, iniciaram-se estudos relacionados a categorias de peso das idades menores, abaixo do sub 13.

Iniciou-se também um estudo conjunto com a Comissão de Judô Escolar da FPJudô sobre estratégias para efetivação da prática de judô na comunidade escolar. Ainda nesta área de demanda, a comissão, por intermédio de seu presidente, proporcionou o relacionamento entre a federação e o Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo (CREF4/SP) para elaboração de propostas que beneficiam ambas as entidades.

Sobre as demandas internas da comissão, estudaram-se estratégias para identificação de associados da FPJudô com título de mestre ou doutor, ramificando a comissão para as delegacias regionais e, desta forma, irmos preparando uma rede de comunicação que abrangerá todo o Estado de São Paulo.

Fernando Ikeda é o secretário da Comissão Científica da FPJudô © FPJCOM

A CCFPJudô também tem debatido propostas e planos referentes aos processos de profissionalização da formação inicial e continuada nas áreas da modalidade. “Os numerosos desafios determinam a necessidade de uma base de informação atual, adequada e disponível aos novos professores, técnicos e instrutores de judô”, acrescentou Drigo.

Ele citou como exemplos de desafio o conhecimento para atuação nas escolas públicas, capacitação da gestão de empreendimentos públicos e privados nos esportes e as adaptações decorrentes da pandemia, entre outros.

Os próximos passos da CCFPJudô estarão vinculados aos processos de elaboração de cursos de formação em judô que sejam mais apropriados às novas tendências do esporte. Isso inclui a definição de terminologias especificas, do tempo de duração e do tipo de certificação/diploma que possam interessar mais à comunidade do judô.

“Para tanto serão observadas as demandas possíveis e as interações entre outras áreas e comissões setoriais da federação”, detalhou Drigo. “Além do respeito à especificidade de cada área, será preciso negociar com a gestão da FPJudô formas de obter financiamentos externos e verbas para implantar estruturas adequadas para proporcionar apoio educacional de excelência para os praticantes e, principalmente, para as novas gerações de professores.”

 

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