IV Open Nordeste Sicredi de Judô reúne atletas de 12 Estados em Maceió

Alessandro Puglia, Luiz Milhazes e Tibério Maribondo participaram da cerimônia de premiação © FAJU

Evento também contou com seminário para capacitação de judô inclusivo e clínica prática de arbitragem

Por Paulo Pinto / FPJCOM
28 de agosto de 2022 / São Paulo (SP)

Com o apoio da Sicredi, Colégio Santa Úrsula e Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude de Alagoas (SELAJ), a Federação Alagoana de Judô (FAJU) realizou a quarta edição do Open Nordeste Sicredi nos dias 19 de 20 de agosto, no ginásio de esportes do Colégio Santa Úrsula, em Maceió.

O certame reuniu 406 atletas e 52 clubes de 12 Estados: Alagoas, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Minas Gerais, Bahia e São Paulo.

O dirigente paulista faz seu pronunciamento na abertura do IV Open Nordeste Sicredi de Judô © FAJU

A Cerimônia de Abertura reuniu autoridades esportivas como Antônio Luiz Milhazes Filho, presidente da Federação Alagoana de Judô; Tibério Maribondo do Nascimento, representante da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV); Alessandro Panitz Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô (FPJudô); Élvio Marcelo, diretor técnico da Federação Sergipana de Judô (FSJ); Osíris Góes, representante da Federação Pernambucana de Judô (FPJU); e Antônio Oliveira Júnior, vice-presidente da Federação Mineira de Judô (FMJ).

Considerando que este evento marca um novo momento para o judô da Região Nordeste, Antônio Luiz Milhazes destacou a importância da inovação na administração do esporte. “Todos aqueles que fazem gestão esportiva podem e devem atualizar-se e qualificar-se, independentemente de ser velho ou novo. O importante é a qualificação, a obediência às normas e obrigações estatutárias e, principalmente, estar permanentemente motivado pela vontade descomunal de fomentar e fazer o judô de forma cada vez mais profissional e transparente.”

Judocas perfilados na cerimônia de abertura © FAJU

O dirigente alagoano complementou lembrando que a gestão do esporte amador é muito difícil, trabalhosa, e requer muito discernimento, além de uma equipe proativa e comprometida que faça o barco navegar de forma calma e produtiva, agregando valores pessoais e financeiros. “À medida que alguém trabalha, produz e mostra para a sociedade o valor social da instituição, as coisas ficam menos difíceis e conquistamos nossos objetivos.”

Milhazes comentou também a presença, pela primeira vez, de um dirigente da FPJudô. “Só esse fato já seria marcante, imagine toda a contribuição que o judô paulista pode nos oferecer, mas essa relação de reciprocidade já começou com o presidente Francisco de Carvalho. Nós tínhamos um carinho especial por ele. Já o presidente Puglia considero hoje um irmão mais próximo que tenho no judô, pelas ideias que trocamos, pelos aconselhamentos mútuos que fazemos. Assim, foi uma satisfação imensa tê-lo aqui, e não poderia deixar de valorizar essa aproximação, assim como das demais onze federações representadas aqui pelos seus atletas, tanto no judô inclusivo quanto no judô convencional.”

Na capacitação de Judô Inclusivo Tibério Maribondo do Nascimento discorreu sobre “Judô e os múltiplos caminhos da inclusão” © FAJU

“Então, nós estamos muito felizes e o presidente Puglia sem dúvida foi a estrela maior que iluminou todos os demais. Sua vinda mostrou o respeito que nutre por Alagoas. Somos um Estado pequeno, mas bastante acolhedor e procuramos recepcioná-lo da melhor forma possível, assim como todos os demais.”

Milhazes lembrou o apoio imprescindível da Sicredi, que mais uma vez acreditou na importância da realização do torneio, juntamente com o Colégio Santa Úrsula, Secretária de Estado do Esporte Lazer e Juventude de Alagoas (SELAJ), Uniodonto Maceió, Solumedi, Koala Kimonos, Copra Indústria Alimentícia e Confederação Brasileira de Judô.

Judocas perfilados na cerimônia de abertura © FAJU

Judô inclusivo foi ponto alto

O ponto alto do certame foi o seminário de judô inclusivo que teve apoio da Associação Brasileira de Judô Inclusivo (ABJI), entidade recém-fundada, mas devidamente legalizada e que vem desenvolvendo um trabalho bastante interessante.

A competição registrou ainda a presença do professor Tibério Maribondo, representante da Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Visuais (CBDV) e ex-presidente da Federação de Judô do Rio Grande do Norte. “O sensei Tibério já é um parceiro antigo e temos uma relação muito boa. E agora veio somar muito ministrando o curso de capacitação em judô inclusivo, muito proveitoso para os técnicos, atletas e profissionais envolvidos”, disse Milhazes.

Antônio Luiz Milhazes Filho, presidente da Federação Alagoana de Judô premia judocas da base © FAJU

E quem melhor descreveu o seminário realizado em Maceió foi o professor kodansha roku-dan (6º dan) potiguar Tibério Maribondo, também técnico da seleção de base do judô paralímpico do Brasil.

“Fui convidado pelo presidente Milhazes para fazer uma palestra sobre o judô paralímpico. Falei por cerca de 40 minutos, mostrei o tamanho atual da modalidade, contextualizando o cenário nacional e apontando os eventos promovidos pela CBDV, pelo Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), a estrutura das seleções nacionais e os medalhistas do Brasil em Jogos Paralímpicos”, relatou Tibério.

Profissional de Educação Física, servidor público, professor universitário e um dos principais nomes da nova geração de gestores do judô brasileiro, Tibério Maribondo considerou excelente a quarta edição do Open Nordeste.

Alessandro Puglia premia a judoca Ana Paula Silva Rossi da Associação de Judô e Musculação Tigre de São Carlos (SP), que conquistou o ouro no meio-pesado da classe F3 © FAJU

“O professor Milhazes e a sua equipe estão de parabéns, acredito que o Open Nordeste vai-se consolidando ano a ano como um dos principais eventos da região. A presença de representantes de 16 Estados e especialmente do presidente da FPJudô, professor Alessandro Puglia, demonstram o tamanho da credibilidade do presidente Milhazes e de toda a sua equipe.”

Milhazes agradeceu à CBJ que, por meio do professor Edison Minakawa, gestor nacional de arbitragem, possibilitou a ida do árbitro FIJ A Angel Peleteiro, da Bahia, para ministrar a Clínica Prática de Arbitragem.

“O professor Angel é uma importante referência na arbitragem do judô nacional. Coordenou e comandou a arbitragem da nossa competição com maestria. A clínica ministrada por ele atingiu os objetivos traçados, por meio da interação didática e proveitosa com os técnicos e árbitros inscritos.”

Pódio por agremiação © FAJU

Alessandro Puglia elogiou a qualidade do evento e o trabalho desenvolvido pela equipe de colaboradores da FAJU. “Primeiro, quero fazer um agradecimento ao presidente e amigo Antônio Milhazes pela grande recepção que me foi oferecida. Foi um prazer enorme conhecer o projeto desse evento que começou na sexta-feira (19) com a apresentação feita pela ABJI, para deficientes visuais, e completado com a palestra do professor Tibério sobre judô paralímpico. Estive lá desde a montagem e percebi nitidamente que o Milhazes é uma pessoa extremamente comprometida e muito organizada. A cerimônia de abertura realizada no dia seguinte foi muito calorosa e muito importante para região e para o Estado.”

“Só tenho que agradecer e fiquei muito feliz pelo o que vi e ouvi aqui”, prosseguiu o dirigente paulista. “Testemunhei muitos elogios de vários professores e familiares dos judocas de Alagoas e de outros Estados. Acho que como gestor o Milhazes está cumprindo muito bem a sua missão à frente da FAJU. Aliás, ele vai deixar sua marca porque é um dirigente revolucionário, que conseguiu aproximar as pessoas que estavam distantes e isso faz com que o Estado cresça em torno de uma mesma proposta de trabalho. A maior dificuldade que temos na gestão é fazer com que todos caminhem na mesma direção e ele vem fazendo isso com muita sutileza e perspicácia.”

Faixas-pretas perfilados na abertura da clínica prática de arbitragem ministrada pelo árbitro FIJ A Angel Peleteiro © FAJU

Puglia avalia que o IV Open Nordeste Sicredi de Judô mostrou um nível técnico muito bom. “Pelo que eu vi e pelo o que senti das pessoas dos outros Estados, neste ano a competição teve um nível técnico muito forte e foi um sucesso. Mas a equipe técnica da FAJU terá de preparar-se, pois no ano que vem este certame certamente terá um aumento significativo de atletas, devido à qualidade do que foi realizado neste ano. Senti-me lisonjeado pelo convite e espero rever os judocas que aqui estavam nas próximas edições da Copa São Paulo de Judô.”

Professor kodansha roku-dan (6º dan) o árbitro FIJ A Angel Peleteiro, da Associação de Judô Conde Koma da Bahia detalhou o que apresentou na Clínica Prática de Arbitragem.

Flagrante da clínica prática de arbitragem © FAJU

“Adotamos o treinamento de árbitros que a CBJ vem desenvolvendo nas competições nacionais, onde os árbitros treinam e praticam os movimentos que acontecem nas competições, tanto para as projeções como também para as punições. Este método ajuda muito o entendimento, pois os árbitros são colocados na mesma posição dos atletas”, disse Peleteiro, que concluiu elogiando a organização da competição.

“A organização geral da competição foi excelente e ficamos encantados com as disputas do judô inclusivo. A coordenação técnica da Federação Alagoana de Judô fez um trabalho impecável na organização IV Open Nordeste Sicredi de Judô. O professor Felipe, responsável pela área técnica deu um show de comprometimento, sem falar, é claro do presidente Milhazes que a todo momento deu suporte aos vários setores, esbanjando sempre, muita simpatia e atenção a todos os envolvidos. Acho que esta IVª Edição do Open fortaleceu ainda mais a marca da competição e tenho a certeza de que as próximas edições terão maior sucesso ainda”, disse o árbitro FIJ A.

Clique AQUI e veja a classificação individual e geral na plataforma Zempo da CPJ.

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