A competição foi realizada em oito áreas © João Raposo / ECP
O XI Festival de Judô João Gonçalves Filho e o Torneio Edgard Ozon por equipes receberam mais de 600 atletas de 25 agremiações
Por Paulo Pinto / FPJCOM
11 de novembro de 2022 / São Paulo (SP)
O Torneio Edgard Ozon tem como objetivo incentivar a participação de equipes mistas, já o Festival de Judô João Gonçalves Filho busca proporcionar às crianças ingresso às competições como forma de sociabilização, com regras adaptadas à infância e arbitradas de forma pedagógica.
Realizados sábado (5) e domingo (6) no ginásio de esportes Henrique Villaboim, do Esporte Clube Pinheiros, os certames atraíram 25 instituições e pouco mais de 600 crianças e levaram mais de 1.200 pessoas ao ginásio nos dois dias. Além do intercâmbio proporcionado aos jovens, os eventos de judô constituem a maior ação social do clube em arrecadação de alimentos.
Organizado pela coordenação das categorias de base, os dois torneios de judô são gratuitos, mas cada competidor deve contribuir com dois quilos de alimentos não perecíveis. Nesta edição foram arrecadadas duas toneladas de alimentos.
Torneio Edgard Ozon
O Clube Pinheiros é pioneiro em incluir uma atleta feminina nas equipes que disputam torneios. Esta edição do certame homenageou o patrono do judô pinheirense e recebeu diversos clubes, academias e instituições parceiras.
O professor Edgard Ozon nasceu em Cachoeira Paulista (SP) em 4 de maio de 1922 e iniciou suas atividades no clube como atleta. Durante 30 anos exerceu a função de diretor adjunto de judô e, de 1967 a 1971, foi diretor de esportes do clube. Foi conselheiro, ex-vice-presidente da diretoria e ex-professor de Judô. Entre tantas outras atribuições foi um dos principais responsáveis pela criação do departamento de judô do Esporte Clube Pinheiros e pela projeção do clube no cenário judoísta nacional e internacional.
Professor Edgard Ozon nasceu em Cachoeira Paulista (SP) em 4 de maio de 1922 e iniciou suas atividades no clube como atleta. Depois, por 30 anos tornou-se diretor adjunto de judô e ainda, de 1967 a 1971 foi diretor de esportes do clube.
Com uma das melhores estruturas do Brasil, o judô pinheirense mistura a experiência dos medalhistas olímpicos com a vontade dos jovens atletas de virar referência mundial e garantir o maior número de judocas nos Jogos Olímpicos. A excelência técnica dos treinamentos é confirmada pela grande quantidade de troféus conquistada e de judocas renomados que treinam nos tatamis pinheirenses.
Clube fundador da Federação Paulista de Judô (FPJudô) o Pinheiros já conquistou quatro medalhas olímpicas na modalidade: a primeira, com Douglas Vieira, prata em Los Angeles (1984); em seguida Leandro Guilheiro obteve o bronze em Pequim (2008). Na sequência vieram os bronzes de Rafael Silva, o Baby, conquistados em Londres (2012) e Rio de janeiro (2016).
Duas toneladas de alimentos
Dirigido à base, o Festival de Judô João Gonçalves Filho tem como objetivo proporcionar às crianças um ambiente de socialização, tendo lutas com regras adaptadas a cada faixa etária, assim como arbitragem praticada de forma pedagógica pelos professores.
Todas as crianças realizam no mínimo duas lutas, independentemente dos resultados, e ao final do evento são premiados igualmente. Hoje este evento é o maior, dentro do Esporte Clube Pinheiros, em arrecadação de alimentos que são destinados a um grupo de funcionários de menor salário e a instituições de caridades indicadas pelos pais associados.
Nascido em 8 de novembro de 1934 em Rio Claro (SP), João Gonçalves Filho foi um esportista nato que começou pela natação e passou para o polo aquático. Aos esportes aquáticos agregou a prática do jiu-jitsu, em 1953, no Rio de Janeiro. Seus mestres na arte foram Haroldo Brito e Jorge Gracie a partir de 1958.
Como atleta Gonçalves participou de cinco edições dos Jogos Olímpicos e, por 20 anos foi o principal atleta do clube. Como técnico atuou em duas olimpíadas e incontáveis edições dos Jogos Pan-Americanos e Sul-Americanos.
De 1958 a 1960 dividia seu tempo entre o Rio de Janeiro e São Paulo, quando, já casado, radicou-se definitivamente na capital paulista e, sob o comando dos professores Seissetsu Fukaia, Arsênio Martins e Edgar Ozon, passou a defender as cores do Esporte Clube Pinheiros, ao qual esteve ligado até a sua morte, em 27 de junho de 2010.
Após o afastamento do sensei Fukaia, que retornou ao Japão em 10 de maio de 1978, Gonçalves assumiu o comando do departamento de judô do Pinheiros e transformou o clube numa verdadeira máquina de conquistar título em todos os níveis.
