É com a mente voltada para a Luz Divina que comunico a passagem do mestre Haruo Nishimura, ocorrida em Lisboa, Portugal, neste domingo, 10 de maio.
Médico de renome internacional, especialista em neuro-ortopedia, deixou na lembrança de seus incontáveis pacientes curas saudadas como milagrosas e, nos tatamis brasileiros e mundo afora, uma técnica inigualável de judô, destacada por um hane-goshi mortal, que era seu tokui-waza.
Nascido em São Paulo, o professor kodansha hachi-dan (8º dan) colecionou títulos municipais, estaduais, regionais, nacionais e pódios internacionais.
Sua inesquecível atuação defendendo as cores do Brasil no Campeonato Mundial Universitário de Judô por Equipes de 1967, realizado em Tóquio no Japão, é para ser guardada na memória dos esportistas brasileiros. Na ocasião, nosso País, que subia ao tatamis com um atleta a menos (não houve recursos para levar cinco), já entrava no shiai-jô perdendo de 1 a 0.
Mesmo assim, conseguimos chegar à semifinal e à disputa do honroso terceiro lugar, quando, ao fim de quatro lutas (sendo que em uma delas perdemos por WO) o placar marcava empate de 2 a 2.
Coube ao Haruo Nishimura, na qualidade de capitão do time, nos representar e conquistar a dificílima e inesquecível medalha de bronze.
Vocês podem me indagar se essa foi sua mais brilhante conquista no judô e eu lhes direi não, porém, ela eternizou o espírito do samurai que sempre existiu dentro dele, pessoa a quem tive o privilégio de conhecer e com quem convivi por longos 40 anos.
Vocês podem me indagar se essa foi sua mais brilhante conquista no judô e eu lhes direi não, porém, ela eternizou o espírito do samurai que sempre existiu dentro dele, pessoa a quem tive o privilégio de conhecer e com quem convivi por longos 40 anos.
Sensei Haruo Nishimura deixa a esposa Gina Nishimura, filhos e netos que viu nascer, bem como milhares de amigos que colecionou ao longo de sua vida dentro e fora dos tatamis.
Memória
14 de maio de 2020
Por AUGUSTO ACIOLI Fotos ARQUIVO
Rio de Janeiro– RJ