Joji Kimura e Alexandre Pereira de Araújo © fpjcom
Situada a 170 km da capital, a acolhedora cidade de Aguaí tornou-se o centro do judô paulista devido à grande quantidade de eventos esportivos que se realizam em setembro. A modalidade está ao alcance da maior parte de crianças matriculadas no ensino fundamental municipal.
Depois da competição voltada para as classes sub 13 e sub 15, hoje começou o Kangeiko de Aguaí 2023 e no dia 16, o Open Ajinomoto Aspirante, importante evento para a base que espera atrair mais de 4 mil pessoas ao município.
Reunindo 553 atletas, sendo 335 no sub 13 e 218 no sub 15, a competição realizada no Ginásio Poliesportivo Domingos Martucci, o Domingão, contou com 130 agremiações inscritas no sub 13, enquanto o paulista sub 15 recebeu 50 equipes.
A cerimônia de abertura reuniu grandes nomes do judô paulista e autoridades políticas como José Alexandre Pereira de Araújo, prefeito de Aguaí; Gilberto Luiz Moraes Selber, secretário municipal de Educação, Esportes e Cultura; Sílvio César Santos Souza, o Tatu, diretor municipal de Esportes; Tassiane Karen Fernandes, supervisora de projetos da diretoria de Esportes; Carlos Eduardo Honorato, medalhista de prata no Jogos de Sydney 2000; e Diego Buson e Danilo Pietrucci, professores responsáveis pelo judô de Aguaí.
Representaram a Federação Paulista de Judô Joji Roberto Kimura, vice-presidente; Arnaldo Luiz de Queiróz Pereira, secretário-geral; Adib Bittar Dib, coordenador financeiro; Marilaine Ferranti Antonialli e João David de Andrade, coordenadores de arbitragem do evento; e os delegados regionais Cléber do Carmo, 12ª Mogiana; Raul de Mello Senra Bisneto, 4ª Alta Paulista; Wilmar Terumiti Shiraga, 5ª Noroeste; Fábio de Almeida Feltrin, 6ª Araraquarense; Sidnei Paris, 8ª Oeste; José Gildemar de Carvalho, 9ª ABC; André Gustavo Costa Gonçalves, 13ª Alta Sorocabana; e Celso de Almeida Leite, 15ª Grande Campinas.
Após cumprimentar as autoridades presentes, Joji Kimura falou da satisfação de levar uma final de campeonato paulista a Aguaí. “Definiremos aqui as seleções que representarão o Estado nos campeonatos brasileiros dessas duas classes. Não temos palavras para agradecer o empenho e o esforço do prefeito Alexandre Araújo e de toda a sua equipe para sediar mais um importante certame da nossa entidade.”
O prefeito Alexandre Araújo retribuiu as palavras do dirigente judoca agradecendo o gesto da federação paulista de reconhecer o trabalho que Aguaí tem realizado pela modalidade. “Mas o que mais me impressiona é o fato de a FPJudô afiançar nossa capacidade de realização dessa final do paulista. Afinal de contas ainda somos uma cidade pequena. Por outro lado isso acontece porque a entidade reconhce a qualidade do nosso trabalho, além de tudo que temos feito em prol do judô. Quero agradecer ao Alessandro por essa aposta que ele faz na gente e por reconhecer o resultado do trabalho que a gente tem feito com o judô, além de manifestar o prazer que temos em receber pessoas de fora para que elas tenham boas lembranças daqui.”
Araújo lembrou que uma das principais características pedagógicas do judô é ensinar as crianças a vencer e a perder, preparando-as para superar as adversidades. “São vivências que somente o judô proporciona, contribuindo de forma muito forte na formação dos jovens praticantes. Toda essa questão pedagógica e socioeducativa tem pautado nosso projeto que visa a incorporar o judô à grade curricular do ensino fundamental em Aguaí.”
O prefeito explicou que em sua infância não pôde praticar esporte e que por isso a experiência que teve com o judô o marcou de forma muito categórica. “Então, é uma satisfação enorme sediar estas finais em Aguaí para estimular nossas crianças e alunos do ensino fundamental a treinarem e acreditarem que é possível atingir seus objetivos. Basta apenas se dedicar e ter persistência para enfrentar os momentos de derrota”, concluiu.
Quiçá a equipe paulista que mais acumula títulos na base até hoje, a Associação Namie de Judô foi a grande campeã paulista da classe sub 13 desta temporada, conquistando quatro medalhas, sendo três ouros e um bronze, que lhe asseguraram 16 pontos.
As medalhas de ouro foram conquistadas por Anna Clara Ribeiro Ramos Paris (28kg), Laressa Ailime Santos Tavares (38kg) e Sophia Helena Franco Martins (47kg). O bronze da Associação Namie foi obtido por Antony Lima Nóbrega (38kg).
Comandada pelo experiente professor kodansha shichi-dan (7º dan) Paulino Tohoru Namie, um dos maiores formadores da base do Estado e do Brasil, a escola de Mogi das Cruzes mantém uma equipe docente formada em sua totalidade pelos professores kodanshas Paulino Tohoru Namie e seu pai, Sethiro Namie. A comissão técnica do time de Mogi das Cruzes é composta pelos auxiliares técnicos Jefferson Takeshi Redondo, Carlos Modesto, Giovanna Monteiro e Rafael Nunes.
Após a premiação sensei Namie se disse surpreso com o resultado obtido pela equipe sub 13. “Fomos a Aguaí com apenas cinco atletas dessa categoria e em nenhum momento achamos que éramos favoritos. Esta conquista foi uma grata surpresa.”
O Clube Paineiras do Morumby foi a Aguaí com a sua comissão técnica coordenada por Kira Yamazaki e formada pelos técnicos Ricardo Lara Julianetti, Mariana Barros e Carlos Eduardo Honorato, vice-campeão olímpico nos Jogos de Sydney (2000) e medalhista de bronze pan-americano e mundial.
Ratificando a qualidade do trabalho realizado pela comissão técnica do clube, o Paineiras disputou oito finais e conquistou quatro medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze, que lhe asseguraram 33 pontos. A consistência do trabalho realizado pelo sensei Kira e seus comandados é tão grande que o clube fez a dobradinha com campeão e vice no peso médio masculino com Pedro Meili Dell’Áquila, campeão, e Davi Windson Medina Pereira, vice.
As medalhas de ouro do Clube Paineiras foram conquistadas por Mohammad Miranda Hauache (31kg), Pedro Meili Dell’Áquila (47kg), Gael Godoy Cipriano (52kg) e Ramon Corominas Hsieh (60kg).
Conquistaram medalhas de prata Thauanny Ferreira da Silva (42kg), Caroline Akemi Ohonishi (+60kg), Bruno Giammarusti Watase (42kg) e Davi Windson Medina Pereira (47kg). O bronze do Paineiras veio por meio do meio-leve Lucas Chagas de Souza (34kg).
Ricardo Lara Julianetti, técnico do Clube Paineiras, explicou que esta foi a primeira vez que a sua agremiação conquista o primeiro lugar do Campeonato Paulista Sub 15, mas lembrou que já há alguns anos a equipe vem figurando entre os primeiros colocados da base.
“Prova disso”, disse Julianetti, “é que desde antes da pandemia venho sendo designado como técnico pela FPJudô para os campeonatos brasileiros sub 13 e sub15 por integrar um dos clubes que têm obtido melhor retrospecto no circuito estadual.”
Campeão do sub 15 e quarto colocado no sub 13, o técnico do Paineiras disse que o desempenho de ambas as equipes deixou a comissão técnica muito contente. “No sub 15, em que disputamos oito finais, alguns resultados obtidos nesta temporada mostravam que seria possível liderar no geral. Vencemos os torneios Budokan e Edgar Ozon, realizado pelo Esporte Clube Pinheiros, e tínhamos vários atletas em primeiro e em segundo lugar no ranking estadual, além de dois representantes no Campeonato Pan-Americano neste ano. É claro que o campeonato paulista é muito difícil, às vezes mais que o brasileiro, mas tudo apontava para um grande resultado.”
Para sensei Ricardo ficar entre os cinco primeiros do Estado é um resultado que mostra que a equipe está bem direcionada. “Estamos fazendo um trabalho muito forte nas categorias de base desde que vim para a equipe, e isso se fortaleceu ainda mais após a Olimpíada de Tóquio. Tivemos dois representantes na categoria adulta e precisamos alterar nosso foco porque alguns atletas saíram para outros clubes diante da qualidade dos resultados. A nossa maior possibilidade seria começar a trabalhar com as crias da casa do sub 13 e sub 15. Acabamos formando uma boa equipe e agora estamos fazendo um trabalho bem completo com preparação física, treino técnico, treino de luta de solo, e formando um time coeso – sem deixar de pensar prioritariamente na formação dos jovens como seres humanos. Com isso fortalecemos nossos lutadores que, por sua vez, estão obtendo excelentes resultados.”
O técnico do Paineiras concluiu explicando que o trabalho da comissão técnica junto aos atletas visa à formação de caráter e aquisição de valores. “A situação social deles não é a mesma da maioria dos judocas do Brasil, mas também incluímos atletas que vêm de comunidades e de realidades totalmente diferentes via peneira. Os associados têm a possibilidade de conviver com essas crianças e enxergar outras condições de vida. Isso os ajuda a desenvolver valores, já que a nossa diretoria busca esse acolhimento e a integração social. Acredito ter obtido êxito nessa caminhada devido a esta combinação de aspectos que fazem a diferença. Nossa meta é esta e vamos continuar trabalhando para que os resultados cresçam cada vez mais.”
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