Em fim de semana intenso, judô paulista faz oito competições e ainda vence os JEBs 2022

Com 16 judocas São Paulo faturou 15 medalhas nos JEBs 2022 © Arquivo

As oito competições deste fim de semana foram promovidas pelas delegacias do Vale do Ribeira, Mogiana, Central, Noroeste, Vale do Paraíba, Sul Itapeva e Capital

Por Paulo Pinto / Global Sports
8 de novembro de 2022 / Curitiba (PR)

Neste fim de semana o judô paulista movimentou milhares de judocas no Estado e de quebra faturou o título de campeão geral feminino e masculino nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) 2022, realizados no Velódromo do Parque Olímpico no Rio de Janeiro.

No âmbito estadual São Paulo promoveu oito competições em sete delegacias regionais que reuniram cerca de 4.000 atletas. Em Batatais, a 12ª Mogiana realizou a Copa Jesus Gonçalves Beirigo; a 10ª Central, o campeonato interno, uma das mais tradicionais disputas de judô da região, na 1ª Capital aconteceram duas importantes disputas no ginásio do Esporte Clube Pinheiros, o XI Festival de Judô João Gonçalves Filho) e o Torneio Edgard Ozon por equipes mistas; a 5ª Noroeste realizou o XXIII Torneio Incentivo de Judô Unilins; a 16ª Sul Itapeva, o IX Torneio Aberto de Taquarituba; a 2ª Vale do Paraíba, a Copa Osíris Silva de Judô; e por último, a 14ª Vale do Ribeira promoveu 3º Festival Anjos do Futuro em Sete Barras.

O técnico Jefferson Luiz dos Santos do Projeto Olhar Futuro/ADPM Reg. SJC com seus atletas Luiz Abrão, Davi Aron Gonçalves e Anna Laura Morais © Arquivo

No âmbito nacional as seleções paulistas feminina e masculina venceram os JEBs 2022 disputados no Anel dos Jogos, composto pelo Parque Olímpico, Universidade da Força Aérea e pelo Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro. A competição iniciada no dia 31 de outubro segue até 15 de novembro, oferecendo a quase 6 mil estudantes-atletas de 12 a 14 anos a primeira oportunidade de participar de uma disputa nacional de grande porte, divididos em 17 modalidades.

A quantidade de eventos em um único fim de semana e a vitória expressiva nos JEBs ratificam a pujança e a robustez do trabalho realizado por milhares de professores, técnicos, profissionais de educação física, dirigentes e atletas que de forma consoante e coesa trabalham pelo desenvolvimento da modalidade em todo o Estado de São Paulo.

Esta edição dos JEBs contou com seleções de judô dos 27 Estados © CBDE

Números impressionam

Durante os JEBs, o comitê organizador reservou mais de 8 mil leitos em hotéis para as delegações e forneceu milhares de refeições ao enorme contingente de atletas, membros de comissões técnicas e dirigentes esportivos que atuaram no megaevento.

A retomada dos JEBs é um esforço conjunto da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e da Secretaria Especial do Esporte, órgão do Ministério da Cidadania.

Pódio do peso meio-leve feminino da série bronze © Arquivo

No judô São Paulo reinou absoluto

As competições de judô reuniram equipes de todos os 27 Estados do Brasil, mas acabaram comprovando a supremacia e a força do judô de São Paulo.

Dos 16 judocas paulistas, apenas um não conquistou medalha. A campanha bandeirante resultou em seis medalhas de ouro na série ouro, quatro de prata na série ouro, três bronzes na série ouro, um ouro na série prata e mais um ouro na série bronze.

Os técnicos Adriano Hideki Yamamoto e Jefferson Takeshi Redondo com o judoca Lucas Bisteni Luna

A comissão técnica paulista foi ao Rio de Janeiro formada pelos professores Mirian Minakawa, Clube Hebraica; Adriano Hideki Yamamoto, Clube de Judô Ômega, de Campinas; Jefferson Takeshi Redondo, Associação Namie de Judô, de Mogi das Cruzes; e Jefferson Luiz dos Santos, ADPM/Projeto Olhar do Futuro, de São José dos Campos.

Atletas da seleção paulista

  • Juliana Rodrigues Yamasaki (40kg), campeã da série ouro – Sociedade Esportiva Palmeiras
  • Fernando Masato Mitsuda (58kg), campeão da série ouro – Associação Namie de Judô
  • Sarah Vieira Resende (36kg), campeã da série ouro – Associação Kamakura de Judô
  • Jasmine Carolina Monteiro de Lima (+64kg), campeã da série ouro – Sport Club Corinthians Paulista
  • Anna Luiza Carneiro Barbosa (64kg), campeã da série ouro – Clube Internacional de Regatas
  • Lucas Bisteni Luna Yamamoto (48kg), campeão da série ouro – Ômega Academia
  • Katharina Agostinho Dias (-57kg), vice-campeã da série ouro – Ômega Academia
  • Anna Laura Ribeiro Morais (48kg), ouro da série prata – Projeto Olhar Futuro/ADPM Reg. SJC
  • Lavínia Freitas Igaki (44kg), campeã da série bronze – Associação Namie de Judô
  • Davi Aron Gonçalves (64kg), vice-campeão da série ouro – Projeto Olhar Futuro/ADPM Reg. SJC
  • Júlia Oliveira Rodrigues (53kg), vice-campeã da série ouro – Associação Brasileira “A Hebraica”
  • Nicolas Costa de Almeida (44kg), bronze da série ouro – Sociedade Esportiva Palmeiras
  • Felipe Freire Pereira (38kg), bronze da série ouro – Gota de Leite – Santos
  • Lucas Mathias Oliveira (53kg), bronze da série ouro – Ômega Academia
  • Vinicius Henrique de Campos Mauro (+64kg), bronze da série ouro – APAJUL / Limeira
  • Luiz Henrique Rodrigues Abrão – Projeto Olhar Futuro/ADPM Reg. SJC
Seleção paulista no embarque para o Rio de Janeiro © Arquivo

Técnicos avaliam a competição

Na avaliação da experiente professora kodansha Mirian Minakawa, esta edição dos JEBs foi muito superior à de 2021. “No geral foi tudo muito bem, apesar dos contratempos das manifestações em todo o País, e a CBDE primou pela qualidade em praticamente todos os quesitos.” Prevista para se realizar em três dias, a competição acabou reduzida a dois, e mesmo assim foi muito longa, com séries ouro, prata e bronze, incluindo repescagem. “Mas acredito que a CBDE deu o seu máximo para tentar atender todas as reivindicações; o transporte na ida foi bom, já na volta houve muito atraso.”

“A técnica do Clube Hebraica considerou muito bom o rendimento da seleção de São Paulo. “Acho que superou até a do campeonato da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Alguns dos nossos atletas chegaram a ganhar de adversários para os quais haviam perdido no brasileiro. Tanto a equipe técnica quanto os atletas mostraram-se compenetrados e conscientes da responsabilidade que assumiram, tanto em relação ao peso quanto à concentração, ao aquecimento e à luta.”

Técnica Mirian Minakawa e Júlia Oliveira Rodrigues (53kg), vice-campeã da série ouro © Arquivo

“Formamos uma equipe muito boa, tanto que a mesmo assegurou a São Paulo o ouro nos dois gêneros”, prosseguiu Mirian Minakawa. “Para mim, particularmente, foi muito agradável trabalhar com os demais técnicos, todos comprometidos, participantes. Conseguimos dividir bem as tarefas em relação aos e isso acabou trazendo para São Paulo esse resultado maravilhoso.”

Jeferson Takeshi Redondo considera os JEBs o maior campeonato escolar do Brasil, o único com a presença de todos os Estados, no qual então são 27 Estados.

A competição envolveu atletas de 12 a 14 anos e a equipe de são Paulo, com oito judocas masculinos e oito femininos, alcançou 99% de aproveitamento no quadro geral e individual de medalhas. Neste ano o formato da competição foi modificado para aumentar a possibilidade de atletas dos menores Estados conseguirem medalhas. “Quem perdia a primeira luta ia diretamente para série bronze; quem perdia nas quartas de final, ia para série prata, e quem não perdeu nenhuma luta foi para a final, a série ouro”, explicou o professor Jeferson. “Só Distrito Federal, Amazonas, Mato Grosso e Paraná chegaram em condições de enfrentar São Paulo, que disputou dez finais e venceu seis.”

Pódio feminino do peso leve da série prata © Arquivo

O professor Adriano Hideki Yamamoto, do Clube de Judô Ômega, de Campinas, destacou o gigantismo do certame. “É uma competição muito interessante e gostosa de acompanhar. São várias modalidades e todas com nível técnico altíssimo. A organização do evento estava muito boa e não tenho do que reclamar. Para coroar o evento, conseguimos ser campeões na classificação geral nos gêneros masculino e feminino, mostrando a força do judô do Estado de São Paulo. Quero agradecer aos organizadores estaduais por mais esta oportunidade.”

Jefferson Luiz dos Santos também avaliou que a organização dos JEBs melhorou muito se comparada à do ano passado, tanto na alimentação quanto na hospedagem e no local das competições. “Algumas coisas podem melhorar na disputa do judô especificamente, e fizemos algumas sugestões.”

São Paulo, Mato Groso do Sul e Rio de Janeiro revezaram-se nas três primeiras colocações do feminino e masculino © CBDE

Segundo Santos, os técnicos que participaram da equipe estavam muito bem entrosados. “Nós já nos conhecíamos, então o entendimento foi fácil; conseguimos orientar bem a equipe, atuamos de forma e conseguimos ambientar os atletas novos, que nunca haviam participado de uma competição nacional.”

Jefferson Luiz destacou ainda a qualidade dos atletas. “Eles mostraram muita força de vontade e uma persistência excepcional. Agradeço o apoio da FEDESP e da secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, nas pessoas da Sílvia e da Margarete, que nos ajudaram bastante.

Pódio do peso leve masculino da série ouro © Arquivo

Fundada em 17 de abril de 1958, a Federação Paulista de Judô tem apoio da Ajinomoto do Brasil, Original Tatamis, Shihan Kimonos, MKS/Adidas e Budokan Kimonos. Por meio das suas 16 delegacias regionais a entidade congrega mais de 10 mil praticantes federados e está presente em 242 municípios do Estado de São Paulo. Anualmente a FPJudô credencia cerca de 1.500 técnicos e 950 árbitros, que atuam em competições regionais, estaduais, nacionais e internacionais. O Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Bernardo do Campo são apoiadores másteres da entidade.

CLASSIFICAÇÃO – FEMININO 

1º – São Paulo, 70 pontos
2º – Rio de Janeiro, 60 pontos
3º – Mato Grosso do Sul, 30 pontos
4º – Rio Grande do Sul, 30 pontos
5º – Rio Grande do Norte, 21 pontos
6º – Amazonas, 20 pontos
7º – Distrito Federal 13 pontos
8º – Paraná, 9 pontos
9º – Acre, 7 pontos
10º – Maranhão, 7 pontos
11º – Mato Grosso, 7 pontos
12º – Minas Gerais, 7 pontos
13º – Ceará, 7 pontos

Técnicos paulistas exibem troféus conquistados nos JEBs 2022 © Arquivo

CLASSIFICAÇÃO – MASCULINO

1º – São Paulo, 63 pontos
2º – Mato Grosso do Sul, 47 pontos
3º – Rio de Janeiro, 42 pontos
4º – Rio Grande do Sul, 34 pontos
5º – Bahia, 20 pontos
6º – Santa Catarina, 13 pontos
7º – Goiás, 9 pontos
8º – Minas Gerais, 9 pontos
9º – Pernambuco, 9 pontos
10º – Ceará, 7 pontos
11º – Paraná, 7 pontos
12º – Piauí, 7 pontos
13º – Rio Grande do Norte, 7 pontos
14º – Sergipe, 7 pontos
15º – Roraima, 7 pontos

Técnicos de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro no pódio de classificação geral do feminino © Arquivo

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