FPJudô apresenta aos delegados as principais iniciativas e os grandes projetos desta temporada

Delegados regionais e membros da diretoria presentes na Reunião dos Delegados 2020 © FPJCom

Maiores destaques do encontro realizado neste sábado em São Bernardo do Campo foram as parcerias firmadas com a Alluri Sports e a operadora Cielo

Por FPJCom
26 de janeiro de 2022 / São Paulo

Marcando a retomada das atividades da Federação Paulista de Judô (FPJudô) em 2022, a diretoria executiva realizou a tradicional Reunião dos Delegados, que todos os anos abre oficialmente o calendário da entidade.

Os diretores enfatizaram as principais iniciativas e os grandes projetos desenvolvidos para esta temporada. Entre eles estão as parcerias firmadas com a Alluri Sports, indústria de confecção de vestuário corporativo, esportivo e casual, e com a Cielo, empresa de tecnologia e serviços para o varejo e líder o segmento de pagamentos eletrônicos na América Latina. A partir de agora, nenhuma transação da FPJudô poderá ser feita em dinheiro, o que atende 100% ao programa de integridade proposta pela nova diretoria.

Alessandro Panitiz Puglia, presidente da FPJudô © FPJCom

Na abertura do encontro, o presidente Alessandro Panitz Puglia solicitou um minuto de silêncio em memória do professor Francisco de Carvalho e demais professores falecidos em 2021. O dirigente justificou ausência de Solange Pessoa de Almeida Vinck, que recentemente realizou cirurgia e está em recuperação. Após cumprimentar os convidados, o líder do judô paulista conclamou os delegados e coordenadores de todos os setores a desenvolverem esforços “hercúleos” para que a entidade supere os objetivos e metas traçados para este ano.

“Após dois anos ausentes devido à pandemia, entendo que este ano de retomada será crucial para o judô do Estado. Todos os setores da federação devem trabalhar juntos e focados na recuperação, no sucesso da gestão e na reformulação total do judô paulista.” Na sequência o dirigente fez um cumprimento particular ao professor Alexandre Drigo e informou que Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo criou uma comissão especial de lutas, cujo trabalho cria expectativa bastante positiva.

Yoshiyuki Shimotsu, coordenador do exame de graduação da FPJudô © FPJCom

“Há décadas o CREF4/SP e a FPJudô mantêm acordo de cooperação mútua no sentido de profissionalizar cada vez mais o cenário judoísta no Estado de São Paulo, mas a parceria estabelecida recentemente com o professor Nelson Leme e sua diretoria transcende tudo que havíamos realizado até aqui. Ampliamos os laços que nos unem e estou certo de que em breve ambas as entidades, assim como seus filiados, colherão os frutos dessa inovação.”

Fernando Ikeda, coordenador da Comissão de Judô Escolar da FPJudô, iniciou sua fala citando uma frase de Jigoro Kano: “Não há nada sob o sol maior que a educação. Ao educar uma pessoa com virtude e enviando-a para a sociedade de sua geração, dá-se uma contribuição ao estender isso para as gerações futuras”.

Arnaldo Queiroz, Alessandro Puglia, Joji Kimura e Sérgio Lex © FPJCom

Na sequência, Ikeda fez um breve resumo dos dois anos e meio de criação da Comissão de Judô Escolar. “Este trabalho começou no finalzinho do segundo semestre de 2019, mas não podemos esquecer de que o judô escolar existe há muito tempo. Entretanto, isso ocorria de forma empírica e atendendo às necessidades dos professores e dos estabelecimentos de ensino que adotaram o ensino de nossa modalidade. Esse empirismo certamente causou numerosos problemas, decorrentes da falta de estrutura e planejamento.”

O coordenador-geral da Comissão Escolar alertou, porém, que a solução para estes problemas não será rápida, e tampouco única. Para superar as dificuldades, foram estabelecidas algumas metas. “Começamos buscando definir a quantidade de estabelecimentos de ensino existentes no Estado e constatamos que há 12.626 deles nas redes pública e privada na pré-escola. Já no ensino fundamental existem 15.200 escolas e no ensino médio, 6.508, totalizando quase 35 mil. Com estes números em mãos pudemos constatar que, hoje, a FPJudô não tem condições de atender a demanda.”

Alan Camilo Cararetti Garcia, coordenador jurídico da FPJudô enumerou as poucas demandas legais dos 12 últimos meses que ainda não foram solucionadas © FPJCom

Sobre o ensino propriamente dito, a proposta da comissão prevê um modelo desenvolvimentista de judô escolar ao longo dos anos, tendo já elaborado os referenciais sobre o ensino de judô pelos professores, pensado na adequação das aulas para os diferentes níveis de ensino. A comissão também pretende criar um cadastro e uma rede social, na qual professores divulgarão seus currículos, tornando-se conhecidos pela comunidade. Entre os eventos específicos, haverá para as escolas.

O professor Ikeda mencionou ainda as parcerias com o sistema CONFEF/CREF e a secretaria estadual de Educação. “Nossa Comissão Científica está desenvolvendo um plano estratégico com cursos de capacitação e formação de professores de Educação Física, entre outras medidas que pretendem fomentar o judô escolar, e com a volta das aulas presenciais estamos certos de que poderemos avançar muito nos próximos anos.”

Delegados e coordenadores dos departamentos durante o encontro © FPJCom

Após se apresentar e cumprimentar a todos, o faixa-preta go-dan Alexandre Drigo, presidente da Comissão Científica da FPJudô, detalhou os motivos da criação da comissão científica.

“Acredito que a Federação Paulista de Judô é a entidade pioneira na formação de uma comissão científica e que a diretoria da entidade a criou para atender às mudanças sociais que demandam respostas rápidas e distintas e aos questionamentos que se apresentam para nós. A nossa perspectiva não é ensinar nada e sim somar esforços ao que já existe nesse sentido na entidade. Um dos trabalhos já realizados por nós foi a criação de protocolos pós-covid de retorno às aulas e às atividades competitivas, já adotado pela Secretaria de Esporte do Estado de São Paulo para todas as modalidades de luta. São exemplos de como a ciência pode colaborar na resolução de problemas.”

Marco Aurélio Uchida, coordenador técnico da FPJudô © FPJCom

“Os desafios imediatos são a informação e a formação”, prosseguiu Drigo. “Há pouco o professor Ikeda mostrou a necessidade de formarmos professores, e entendo que daremos enorme contribuição nesse sentido, oferecendo uma formação que não modifique, mas amplie a qualificação dos futuros professores, dos quais, aliás, o mercado necessita. Pensamos contribuir em situações que extrapolam as questões técnicas, que felizmente já são muito bem resolvidas no Estado de São Paulo. Ideias são ideais, e precisamos transformar estes ideais naquilo que é possível e tangível”, concluiu Drigo, lembrando que a comissão atua para somar e agregar qualidade ao trabalho de toda equipe.

Luís Alberto dos Santos, coordenador de cursos e de kata, falou sobre a lacuna criada nos últimos dois anos no aprendizado dos candidatos a graduação. “Por todo o trauma social que vivemos em 2020”, lamentou, “nesse ano trabalhamos única e exclusivamente focando o exame. Não tivemos a oportunidade de oferecer aos candidatos aquilo que costumamos disponibilizar, e essa é uma preocupação minha e dos demais dirigentes. Fica aqui registrada a minha preocupação com este fato e o meu entendimento de que precisamos oferecer de alguma forma, até mesmo aos promovidos, a possibilidade de acesso a todo o conteúdo.” O professor lembrou que o mais importante não é a graduação e sim o conhecimento que cada candidato precisa ter para graduar-se e desenvolver-se tecnicamente.

Arnaldo Queiroz Pereira, secretário-geral da FPJudô, destacou a importância dos delegados na organização da FPJudô © FPJCom

Na sequência o coordenador de cursos informou que no próximo sábado (29), no CAT e em todas as 16 delegacias regionais, o tradicional curso de padronização para os módulos de fundamentos técnicos e de nage-no-kata.

O palestrante seguinte foi o professor kodansha Yoshiyuki Shimotsu, coordenador do exame de graduação da FPJudô, que também destacou as dificuldades dos candidatos, que tiveram de fazer a prova no formato tandoku renshu.

Takeshi Yokoti, coordenador de arbitragem da FPJudô © FPJCom

“Entendo que precisamos manter a chama acesa e ampliar nossa base de faixas-pretas em todo o Estado, mas há limitações no modelo de exame utilizado nos últimos dois anos. Existe a necessidade de todos aprenderem bem os katas, pois isso impacta diretamente na qualidade da luta de cada candidato e dos futuros faixas-pretas”.

Yoshiyuki ressaltou que em São Paulo, em especial na capital, há vários núcleos de formação e kata muito importantes para o desenvolvimento dos judocas. E recomendou que a iniciativa se amplie mediante parceria entre as delegacias, para que haja uma formação padronizada em nível estadual.

Alexandre Drigo, presidente da Comissão Científica da FPJudô, detalhou os motivos da criação da comissão científica © FPJCom

Como sempre faz no início de cada temporada, Takeshi Yokoti, coordenador de arbitragem da FPJudô, abordou as mudanças impostas pela Federação Internacional de Judô. Ele enfatizou a importância da reunião geral com todos os coordenadores de arbitragem, de todas as delegacias regionais, e concluiu sugerindo o ajuste no pró-labore dos coordenadores de arbitragem, o que foi prontamente aprovado pela diretoria.

O procurador Alan Camilo Cararetti Garcia, coordenador jurídico da FPJudô, enumerou as demandas legais dos 12 últimos meses, que culminaram favoráveis, atendendo aos anseios da diretoria da entidade.

Fernando Ikeda, coordenador da Comissão de Judô Escolar da FPJudô fez um breve resumo dos dois anos e meio de criação da comissão © FPJCom

“Nesse momento a federação paulista trilha um caminho de total tranquilidade jurídica, tendo obtido decisões favoráveis em todos os processos. Na atualidade trabalhamos em parceria com a comissão de reforma estatutária e acreditamos que em breve estará concluída”, anunciou Garcia.

Arnaldo Queiroz Pereira, secretário-geral da FPJudô, iniciou destacando a importância dos delegados na organização da FPJudô, como extensão da presidência e da diretoria em todas as regiões do Estado.

Adib Bittar Júnior, coordenador financeiro da FPJudô anunciou o fim da era das transações em espécie na entidade © FPJCom

“Dentro da nossa ideia de sermos cada vez mais transparentes, utilizando as informações a nosso favor, vou lembrar o criador do sistema de delegacias, o admirável professor Sérgio Adib Bahi”, disse Queiroz. “A criação das delegacias na década de 1980 é até hoje uma iniciativa inovadora. Que eu tenha conhecimento, a FPJudô é a entidade que mantém este formato mais desenvolvido e organizado. Na verdade os delegados são as mãos-longas do presidente nas mais distintas regiões e esta é a receita de sucesso e o grande diferencial da nossa entidade.”

“Quero expor a todos vocês que, para que o nosso planejamento financeiro seja coroado de êxito e que a nossa previsão orçamentária e o dinheiro sejam suficientes para todas as necessidades, existem alguns gatilhos que produzirão os números mágicos que nós tanto ambicionamos. Contamos com o empenho de todos para atingirmos as metas estipuladas”, afirmou.

Luís Alberto dos Santos, coordenador de cursos e de kata, falou sobre a lacuna criada nos últimos dois anos no aprendizado dos candidatos a graduação © FPJCom

Na sequência o secretário-geral apresentou um trabalho inédito mostrando claramente o tamanho e os números de cada delegacia regional paulista. Também num procedimento inédito, Queiroz fez a projeção geral dos gastos e da receita bruta da federação nesta temporada.

O orador seguinte foi Paulo Pinto, novo coordenador de marketing da FPJudô, que falou sobre a parceria com a Alluri Sports e as perspectivas com projetos relacionados à Lei das Loterias.

Delegados e coordenadores dos departamentos durante o encontro © FPJCom

“Por meio da ação conjunta com a Total Player, conseguimos estabelecer uma parceria com a Alluri Sports, indústria de confecção que se destaca na produção de vestuário corporativo, esportivo e casual. Vamos desenvolver uma linha de produtos e a arrecadação dessa operação deverá gerar recursos para serem utilizados no marketing da entidade”, disse.

O coordenador de marketing da FPJudô discorreu ainda sobre o novo portal da federação, que concentrará todas as operações financeiras. “Nosso novo portal terá uma apresentação mais moderna, um sistema ágil e bem mais adequado às nossas necessidades regionais.”

Alex Russo, coordenador de Veteranos da FPJudô © FPJCom

Marco Aurélio Uchida, coordenador técnico da FPJudô, falou sobre o manual para a realização de eventos durante a pandemia. Detalhou algumas novidades da Copa São Paulo e do Credenciamento Técnico. Uchida falou sobre o calendário, palestras e provas.

O coordenador técnico enfatizou que o credenciamento será realizado em parceria com o CREF4/SP, que realizará algumas palestras para os postulantes ao credenciamento. Todo o conteúdo será transmitido online, via plataforma EaD.

O encontro também marcou a volta de José Jantália que assume agora a função de coordenador de cerimonial da FPJudô © FPJCom

Adib Bittar Júnior, coordenador financeiro da FPJudô recebeu, os representantes da Cielo, fornecedora de máquinas de cartão e talonário, que dará suporte a toda a operação de varejo da entidade. Os profissionais da Cielo demonstraram as aplicações dos equipamentos entregues a cada delegado regional e que serão usados no novo sistema financeiro e no novo portal da federação.

O presidente Alessandro Puglia encerrou o encontro agradecendo o apoio expressivo recebido por todos durante os momentos difíceis que comprometeram a gestão. “Temos de trabalhar sempre com base na hierarquia, na disciplina e na amizade, focando uma nova era para a Federação Paulista de Judô”, incentivou o dirigente.

Ao lado de Alessandro Puglia, Alan Cararetti discorre sobre sentenças e decisões judicias © FPJCom
Ana Paula Revolti, representante da Cielo detalha a aplicabilidade das máquinas da Cielo no dia a dia da federação © FPJCom
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