Número de árbitros credenciados ativos comprova pujança do judô do Estado de São Paulo

No início de 2019 tivemos a oportunidade de acompanhar o trabalho desenvolvido pela coordenação de arbitragem da Federação Paulista de Judô nas 16 delegacias regionais. Esta operação complexa começa com os módulos regionais que se realizam a partir de fevereiro e se estende por toda a temporada por meio dos seminários e cursos específicos que antecedem os exames anuais.

Revelando a dinâmica de uma gestão que se reinventa a cada temporada, fundamentada no protagonismo de seus coordenadores de área, a arbitragem paulista é comandada pelo experiente professor kodansha e árbitro FIJ A Takeshi Yokoti, que começou lembrando que a inovação é uma das principais características da administração da FPJudô.

“É importante lembrar que a arbitragem paulista tem crescido progressivamente nas últimas décadas, graças ao excelente trabalho dos professores Dante Kanayama e Edison Minakawa, ex-coordenadores estaduais de arbitragem que nos antecederam. Lembro também que para vencer este grande desafio eu conto com o importante apoio de Marilaine Ferranti, coordenadora adjunta.” Yokoti detalhou em seguida como se desenvolve o trabalho nas DRJs.

“Este ano conseguirmos realizar os módulos de arbitragem em cada uma das 16 delegacias e regionais e na sequência, o seminário estadual de arbitragem em São Bernardo do Campo, que se restringiu aos árbitros nacionais e aos que estão acima desta classificação.”

O dirigente explicou que os módulos regionais são oficinas de formação que também oferecem atualização para os árbitros já credenciados. Todos os 963 árbitros credenciados na FPJudô nesta temporada atuaram em nível regional e estadual, em eventos amistosos e em certames oficiais.

“Quando a Marilaine e eu começamos na arbitragem não existia a estrutura de gestão que temos atualmente na federação. Estas mudanças foram introduzidas nas duas últimas décadas pelos senseis Kanayama e Minakawa. Hoje,o processo em si contempla todos e é muito mais democrático. Todo e qualquer faixa-preta das 16 delegacias regionais que aspire trilhar o caminho da arbitragem é tratado da mesma maneira”, afirmou o dirigente.

Marilaine Ferranti explicou como funciona a estrutura hierárquica da arbitragem e como é feito o processo de classificação e promoção dos quase mil árbitros que compõem as dez categorias de graduação da arbitragem.

“Promovemos exames para árbitros regionais nas próprias delegacias e para árbitros estaduais, no Campeonato Paulista Aspirante.O exame nacional para árbitro nacional de 2019 realizou-se no Campeonato Brasileiro Aspirante, em Natal (RN). Mas, devido ao grande contingente de árbitros que atuam em São Paulo, somos o único Estado que realiza exames para árbitro nacional. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) envia o professor Minakawa, gestor nacional de arbitragem,para supervisionar e comandar toda a ação em São Paulo. É muito mais racional trazer a equipe da CBJ para São Paulo que levar 100 árbitros paulistas para uma competição nacional”, explicou Marilaine.

Takeshi Yokoti descreveu a área de atuação de cada categoria da arbitragem nos certames oficiais da temporada.

“O árbitro regional atua apenas em sua região. Já o estadual atua na fase inter-regional e nos eventos estaduais sub 9, sub 11, sub 13, sub 15 e no Campeonato Paulista Aspirantes. Para arbitrar nas competições sub 18, sub 21 e sênior o árbitro precisa ter no mínimo a classificação nacional. Já para atuar numa seletiva nacional é preciso possuir a classificação nacional A”, detalhou o coordenador de árbitros paulista.

O dirigente estadual lembra que, para chegar ao topo da arbitragem mundial,o árbitro precisa estudar muito as regras, praticar à exaustão, ter comprometimento com a arbitragem em sua delegacia regional e procurar estar sempre em atividade voluntariamente e não somente quando é convocado.

“Para chegar a FIJ A me inspirei em grandes árbitros brasileiros: professores Shigueto Yamazaki, Dante Kanayama e Edison Minakawa. Busquei sempre seguir o caminho percorrido por eles. Na época em que cada um deles atuou, foram as maiores referências da arbitragem do Brasil e obtiveram destaque internacional”, disse.

Avaliando a importância da coordenadora adjunta de arbitragem, Yokoti lembrou que a própria Federação Internacional de Judô (FIJ) incentiva e fomenta a atuação feminina nos tatamis.

“Quando jovens pertencíamos a 8ª DRJ Oeste, competíamos juntos e posteriormente partimos para a área da arbitragem na mesma época. Já estamos atuando juntos há décadas e também fomos alçados à coordenação de arbitragem simultaneamente pelo professor Minakawa. A Bia é uma excelente pessoa. É extremamente comprometida com a coordenação e tem aquela visão feminina que dá um toque especial na gestão, agregando muita qualidade ao nosso trabalho”, enfatizou o dirigente.

“Ela foi a primeira árbitra FIJ A do Brasil e até a presente data é a única árbitra com esta classificação em nosso País. Hoje ela é uma grande referência na arbitragem para as novas árbitras de São Paulo e do Brasil. Tenho muito orgulho em tê-la como amiga e colega do shiai-jô.”

O professor Takeshi Yokoti concluiu lembrando que, além de ser um sacerdócio, ser árbitro de judô é uma enorme paixão.

“Indubitavelmente, a arbitragem é uma paixão. Você tem de ter o dom e realmente gostar muito. No início trabalhamos quase voluntariamente. Recebemos um pró-labore que nos ajuda,masnem sempre cobre as despesas que temos. Na verdade, é preciso gostar muito e ser apaixonado pelo que faz. Arbitrar é muita paixão. Sem contar a adrenalina que existe em finais ou em grandes combates, quando todos nós somos postos à prova perante os árbitros mais experientes”, explicou Yokoti.

Árbitros ativos em 2019

CLASSIFICAÇÕES
FIJ A 4
FIJ B 11
FIJ C 28
ASPIRANTE FIJ 28
NAC A 59
NAC B 49
NAC C 78
ESTADUAL 156
REGIONAL 253
ASPIRANTEREG.297
TOTAL 963

RESUMO
INTERNACIONAL 43
NACIONAL 214
ESTADUAL 156
REGIONAL 253
ASPIRANTE REG.297
TOTAL 963

Por Paulo Pinto / Fotos: Budôpress

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